sexta-feira, 26 de março de 2010

Fábio 'Fabuloso' Gouveia se aposenta do surfe e mergulha na profissão de shaper


Paraibano fabrica pranchas artesanalmente em uma oficina montada em sua casa. Um dos clientes é seu filho Ian, jovem talento do surfe nacional

O surfista que abriu para o Brasil as portas do Circuito Mundial fechou a de sua carreira discretamente, sem alarde. Em dezembro, aos 40 anos, depois de duas cirurgias na coluna e lutando contra dores, Fábio Gouveia decidiu parar. Deu fim a uma história com ares de “Peter Pan” e começou uma outra, que o permite não apenas sonhar, mas construir sonhos. Famoso por, com os pés, desenhar nas ondas uma das mais belas linhas de surfe, Fabinho, o Fabuloso, agora usa as mãos para esculpir o que antes era sua principal ferramenta de trabalho: as pranchas. Entre os “clientes”, seu filho Ian.

As viagens e as competições eram como uma dose de juventude na fabulosa história do menino que nasceu distante do mar, mas ganhou o mundo sobre uma prancha. A primeira delas era de isopor, presente que ganhou do pai quando tinha 13 anos.

- Está sendo meio doloroso. Estava para me aposentar e não parava. Agora bati o martelo. Minha cabeça mudou. Não tenho vontade de participar de campeonatos até mesmo para manter esse afastamento.

Foi difícil virar a página. A saudade ainda bate, confessa. E os convites para competir, comuns aos grandes nomes do surfe, vão sempre tentar tirar o ponto final de sua já encerrada história de atleta. Mas agora ele quer escrever um novo capítulo. Dar corpo a um antigo desejo, antes reprimido pelo calendário sempre lotado por competições e compromissos com patrocinadores.

- Eu sempre quis testar, descobrir novas técnicas, mas não tinha tempo.

A fabricação de pranchas - cerca de quatro por semana - se dá na casa do surfista, em Florianópolis, onde mora com a esposa, Elka, e com os filhos, Ian, Igor e Ilana. Ian entrou de cabeça nas competições e virou o principal cliente do pai.

Fabinho faz tudo artesanalmente, com as mãos. Entre os modelos, destaque para as pranchas de quatro quilhas, modelo apresentado ao mundo pelo americano Kelly Slater, eneacampeão mundial. Slater, por sinal, é um dos personagens que marcaram sua carreira.

- Meu melhor ano foi 1992, quando terminei em quinto, mas levei duas lavadas dele. Não fosse isso, teria ido ainda melhor - lembra, rindo.

terça-feira, 16 de março de 2010

The Surfboard, um livro espetacular!






Aloha amigos,

gostaria de indicar o livro “The Surfboard, Art – Style – Stoke”, de Ben Marcus, pois narra a história das pranchas de surf desde o início até os tempos modernos. O livro tem 256 páginas e passa pelas pranchas havaianas gigantes até chegar aos modelos atuais.

O “The Surfboard” é todo em inglês e tem várias fotos de pranchas antigas e ilustrações espetaculares. O livro narra a cultura das ‘surfboards’ e viaja pelas pranchas de Duke Kahanamoku, Greg Noll e de várias outras lendas do surf.

Outra parte muito boa do livro é a que fala de Tom Blake, o cara que colocou quilhas nas pranchas de madeira e que inventou as pranchas ocas, para tentar diminuir o peso delas, pois eram muito pesadas.

No “The Surfboard” também é possível ler a respeito das principais marcas de pranchas da Califórnia como as Hobie e Gordon Smith, e também passear pelas biquilhas até as triquilhas de Simon Anderson.

O livro é essencial para todos que curtem o surf e sua cultura. Acho importante divulgar a cultura do nosso esporte para que as pessoas da nova geração conheçam a saibam das raízes e dos grandes ídolos que temos.

Surf é cultura!

Aloha e boas ondas,