quinta-feira, 12 de março de 2009

12/03/2009 - Dicas para os surfistas que vão surfar no hawaii


Fique antenado antes de entrar na água
Mesmo com a Internet, não tenha vergonha de perguntar aos salva- vidas o tamanho das ondas, se o mar está subindo ou baixando e se tem correnteza. Eles estão lá para isso e eu pergunto todas às vezes. Em Sunset, por exemplo, com swell de noroeste e Oeste a corrente joga geral para debaixo do pico e as ondas ficam All Over, então Be Carefull e pergunte mesmo, sua vida pode depender disso. Esse ano mesmo eu ia entrando em Waimea 15 a 18 pés e quando estava parafinando a prancha, entrou uma série de 30 pés fechando tudo. Então não vacile, pergunte.

Escolha bem as ondas

Procure fazer suas próprias observações do mar, quantas ondas na série e o tempo entre elas. Não desça na primeira da série, normalmente todo mundo rema e se você cair tomará mais quatro ou cinco às vezes até seis ondas na cabeça. Escolha a terceira ou a quarta. Isso vale também no caso de você remar e não descer. Às vezes em Sunset acontece de o terral ser tão forte que se você não estiver no local correto a onda passa e você fica. Aí a série vai te pegar e em Sunset não é um bom lugar para se tomar uma série na cabeça, pois o caldo machuca e faz sofrer. Já dizia Derek Doerner, salva vidas de lá e big rider renomado, que este é um dos piores, se não for o pior caldo do Hawaii, principalmente quando está enorme.

Entre e saia do mar corretamente
Procure ver o lugar exato de entrar e de sair do mar. Se for em Sunset e o mar estiver grande, tem que ser pelo canal, quando estiver menor dá para entrar por Sunset Point. Já em Pipeline, normalmente você corre numa pedra, que fica em frente às ondas. Como se trata de um canal falso, a correnteza lhe empurrará para o outside na diagonal. Na hora de sair, não fique no limite das suas forças lá no outside. Saia um pouco antes de ficar cansado e reserve suas energias para a saída, pois você pode, por exemplo, perder sua prancha e ter que dar uma bela nadada. Poupe forças, aqui tudo pode acontecer.

Em Waimea o lugar correto para entrar e sair está entre o rio e o córner direito ou no point, que fica perto dos arbustos no lado direito. Se você perder essa posição, volte e comece tudo de novo, senão a correnteza, que é muito forte, vai lhe jogar para o lado esquerdo da Baía, onde ficam o shorebreak e as pedras. Além disso, os salva-vidas vão ficar estressados com você. Em Waimea os salva-vidas ficam putos, pois eles trabalham preventivamente e avisam o tempo todo: -- Remem para o lado direito, em frente a torre de salva-vidas. Ondas grandes vindo, ou “a Big Set is Coming”, significa que é hora de remar rapidinho para o outside. Eles chegam ao cúmulo de falar o tempo todo com seus megafones que aquelas ondas não são para tolos, que se você não tem condição não entre, que são ondas somente para experts, ou seja, para quem conhece a baía. Então fique ligado.

Respeito para ser respeitado

Respeitar os locais não vou nem falar, e mais, procure ser realmente amigo dos locais, pois pode lhe valer muito em determinados momentos.

Não chame atenção

Procure evitar andar em turma e falando alto.

Nunca raberar. Nunca.
Não vá com turma para o mar e fique raberando as ondas dos outros. Nem que sejam as dos seus próprios companheiros. Para os locais não importa, o que importa é que você está armando mó barraco. Uma vez um amigo nosso estava raberando a gente em Backyards e tomou um murro do local Junior Moepono, já falecido.

Preparo

Esteja bem preparado físicamente, emocionalmente e psicologicamente. Confiança em você é tudo. Caso contrário você entra em pânico e aí será muito pior. Faça uma boa preparação na piscina e no mar antes de ir, como natação, apnéia e relaxamento.

Equipamento
Bom equipamento, prancha e cordinha nova e adequadas aquele mar. O ideal é que a cordinha tenha o tamanho das ondas que você vai pegar.

Diversifique

Surfe em Sunset, Pipeline e Waimea, mas procure também picos alternativos. Laniakea é muito especial, Jockos, Chuns Reef, Mokuleia, Silva Channels, etc.

Só de Haleiwa à Kahuku temos uma infinidade de ondas mágicas. São as Seven Miracle Miles, ou os onze quilometros mais recheados de ondas boas do mundo.

Após isso se prepare para uma das melhores trips de surfe da sua vida. Será inesquecível, então curta todas as ondas e o lugar, que é o maior astral. Respire e viva o surf. Não estranhe o começo, você vai se adaptar. Seja big rider, porém com consciência e segurança, porque ninguém é tolo, como já dizem os salva-vidas de lá.
EDITOR: RICO DE SOUSA

segunda-feira, 9 de março de 2009

09/03/2009 - Kelly Slater é eliminado na terceira fase do WCT por 'menino da prancha rosa'


Agora era hora de enfrentar o melhor de todos os tempos. Mas o jovem aussie tinha uma boa lembrança. Em 2005, tinha derrotado o americano na primeira fase.



- Eu sabia que ia enfrentar o melhor. Tinha que botar pressão desde o início - contou.

Quando Slater começou a se aquecer, a praia de Snapper Rocks começou a ficar lotada. Nem o título de Stephanie Gilmore tinha enchido tanto as areias australianas. Os fãs chegavam cada vez mais para a beira do mar. Alguns se aproximavam tanto que tinham os joelhos molhados. Tudo para ver o melhor surfista do mundo.

Slater demorou a entrar na bateria. Remou para a primeira onda que pintou no outside, mas desistiu dela. Depois, foi Julian Wilson quem se arriscou numa direita o para ganhar 6,83. No décimo minuto, o eneacampeão mundial pegou sua primeira onda, fraca: 3,17.

Na segunda, Kelly caiu depois de uma rasgada (1,77). Mas não parou. Logo entrou em outra, deu um aéreo 360 graus e novamente caiu (1,07). Abriu mão d ajuda do jet ski, foi remando para o outside.

Na metade da bateria, Julian passou bem em frente a Slater antes de arrancar 8,50 e deixar o melhor surfista do mundo em combinação de 15,34 pontos, ou seja, nem uma nota 10 o salvaria.

Mas Slater fez valer seu conhecimento em Snapper, praia em que foi campeão quatro vezes (1997, 1998, 2006 e 2008). A 9 minutos do fim, tirou 6,17m saiu da combinação, mas ainda precisava de 9,16.


O americano e o aussie remaram para uma mesma onda, mas como Slater tinha a prioridade, ele foi à direita que rendeu a ele 7,67. Ficou precisando de outro 7,67 para virar.

A 1 minuto do fim, Julian deixou uma onda passar, e por pouco não cometia ali o seu grande erro. Slater tentou aproveitar ao máximo aquela direita, mas não deu para ele. Os fãs, que ali estavam para vê-lo, dividiram-se entre pedidos de autógrafos ao perdedor e os aplausos ao surpreendente vencedor.
FONTE: GLOBO.COM

sábado, 7 de março de 2009

07/03/2009 - Kelly Slater diz que décimo título mundial seria apenas 'um bom número redondo'


Depois de vencer na estreia do WCT da Gold Coast, na Austrália, o americano Kelly Slater voltou a falar sobre a luta pelo décimo título mundial. O eneacampeão, no entanto, disse que o assunto não o preocupa e que o número dez é apenas um “um bom número redondo”. Aos 37 anos, o surfista ainda não sabe se disputará toda a temporada.

Na noite de sexta-feira (sábado na Austrália), Slater se classificou direto da primeira para a terceira fase ao derrotar os australianos Dayyan Neve e Daniel Wills. Com isso, ele ganha pelo menos um dia de descanso.

- Soa bem no papel, mas, honestamente, não estou pensado muito nisso. A única hora em que penso sobre isso é quando me perguntam. É apenas um bom número redondo, dois dígitos, e é raro algum esportista alcançá-lo. Então, será bom conseguir isso.

Dos três brasileiros que disputam o WCT, dois passaram para a terceira fase: o paulista Adriano de Souza, o Mineirinho, e o cearense Heitor Alves. O paranaense Jihad Kohdr caiu para a repescagem.
FONTE: GLOBO.COM