quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Estilo e linhas de surfe



RASGADA
Manobra de face. O surfista realiza o bottom turn (cavada) e projeta sua pracha para a parte mais alta da parede, fazendo lá um movimento de retorno, empurrando a rabeta da prancha para frente, descendo a parede, para depois se posicionar para mais uma cavada e posterior manobra.
Existem vários tipos de rasgadas. Dependendo do jeito que o surfista faz o movimento da rasgada, esta varia de nome. Snap-back: quando o surfista faz a virada de cima da manobra rápidamente. Slash-back: quando a virada de cima é feita de forma arredondada. Lay-back: quando o surfista realiza a manobra com as costas apoiadas na água.
Do inglês: Snap-back - snap (repentina); back (trás). Slash-back - slash (grande corte). Lay-back - to lay (deitar).
CLÁSSICA
A linha clássica de surfe privilegia mais o estilo em detrimento à força. A grande maioria das manobras é executada com uma linha mais arredondadas, sem quebras de linha. A linha de surfe clássico não é exclusiva de surfistas antigos. Existem grandes surfistas das novas gerações que possuem uma linha de surfe clássico, porém com todos os floreios e manobras características do surfe moderno, como o surfista australiano Joel Parkinson, por exemplo.

MODERNA
A linha de surfe moderna privilegia a força e a radicalidade do que o estilo. As manobras são executadas em linhas de surfe mais quebradas, com mais velocidade e impacto. O fato de não se priorizar o estilo não significa que este tipo de linha de surfe não faz com que o estilo do surfista seja feio. Existem surfistas de linhas quebradas com estilo bonito, como o australiano Mick Fanning, por exemplo.


MANOBRAS

Dentro do surfe, existem as mais variadas manobras, para todos os tipos e tamanhos de onda e estilos de surfe. Dentre os tipos de manobras existem as manobras de face (executadas na parede da onda), as manobras de lip e as manobras aéreas. Uma mesma manobra pode ser executada tanto na parede como no lip da onda, o que torna essa diferenciação muito subjetiva.
Portanto não iremos listar as manobras por tipo, nos restringindo apenas à classificação de cada manobra independentemente, a começar pelas manobras mais simples, até chegar nas mais difíceis.

DROP
O drop é a entrada na onda. Não é considerada uma manobra do ponto de vista do surfe de competição. É o primeiro passo no aprendizado do surfe. O surfista desce, desde a crista da onda até a base da mesma.
Do inglês: Drop - to drop (descer).

CAVADA
É a virada na base da onda. Também não é considerada uma manobra do ponto de vista do surfe competitivo. A cavada é um movimento muito importante, pois é através dela que o surfista define o lado que vai surfar a onda e determina o tipo de manobra que vai executar na onda. O bottom turn é o movimento mais executado no surfe. É obrigatoriamente executado entre todas as manobras.
Do inglês: Bottom turn - bottom (fundo); to turn (virar) - virada na base.

FLOATER

Manobra de lip, que consiste em deslizar a prancha sobre o lip da onda, voltando à onda novamente. É uma manobra que tem como principal função ganhar velocidade e/ou passar uma sessão da onda.
Do inglês: Floater - to float (flutuar).

BATIDA
Manobra de lip, em que o surfista direciona sua prancha ao lip da onda, pressionando o fundo da prancha contra o lip, e trazendo a prancha novamente para a onda.


CUT-BACK
Manobra que pode ser tanto de face como de lip. O surfista projeta a pracha em direção à parte menos crítica (mais longe do local onde a onda está quebrando) da onda, fazendo um movimento de retorno à parte mais crítica da onda, para depois retornar à sua linha de surfe normal. Esta manobra faz um traçado semelhante à um "S" . Quando falamos que esta manobra pode ser tanto de face quanto de lip, deve-se ao fato de que, na volta do cutback, pode-se optar por dar ou não uma batida na espuma (ou lip, dependendo da onda). Sendo assim, ela é uma manobra preferencialmente de face, visto que, mesmo quando há a batida, a maioria dos seus movimentos são feitos na face da onda.
Do inglês: Cut-back - to cut (cortar) - cortar para trás.

TUBO
Momento máximo do surfe. O surfista deve posicionar-se junto à parede da onda, controlar a prancha para obter a velocidade exata que a onda necessita para a realização da manobra - dependendo da onda o surfista deve acelerar a prancha, em outras deve freá-la e, em alguns casos, alternar os dois procedimentos -, esperar a onda "rodar", manter-se calmo e atento para as possiveis variações de velocidade que possam ser necessárias para manter-se dentro do tubo, ficar lá dentro o maior tempo possível e sair na hora exata. Todas estas variaveis mostram que o tubo não é uma manobra simples ou de fácil execussão. Porém é um momento mágico dentro do esporte. Com o tempo de prática do surfe, o desenvolvimento das habilidades do surfista e a calma diante de situações inesperadas fazem com que o surfista possa aproveitar estes momentos nos mínimos detalhes. A quantidade de adrenalina e endorfina liberados pelo corpo humano aumentam consideravelmente no momento de um tubo. O tubo também é chamado de barrel e cover up.
Do inglês: Barrel - barrel (barril). Cover up - cover up (encobrir).

AÉREO
As manobras aéreas são a principal marca do surfe moderno. O surfista ganha velocidade, busca um ponto crítico que possa lhe servir de "pista de decolagem", alça vôo, controla a prancha no ar, aterrisa e volta pra onda. Se durante o tubo o surfista se sente envolto pelo mar, se sente parte dele, no aéreo ele experimenta a sensação de liberdade de estar, mesmo que por alguns instantes apenas, solto no ar, a incrível sensação de estar voando.
O surfe moderno, de manobras aéreas, vem se desenvolvendo dia-a-dia. Com a nova tendência de incorporar os movimentos de outros esportes, como skate, snowboard, motocross e wakeboard, as manobras aéreas ganharam toda uma gama de variações, com giros e pegadas (grabs) dos mais diferentes modos.
Do inglês: Aerial - aerial (aéreo).

360º

O 360º é considerada a primeira manobra moderna do surfe. Nos anos 70 uns poucos surfistas mais habilidosos já conseguiam fazer alguns giros de 360º com as suas pranchas. Mas foi nos anos 80 e princípio dos 90 que os 360's ganharam o público.
A manobra consiste em posicionar a prancha na direção do lip da onda, transferir todo o peso para o pé dianteiro, esperar a prancha começar a descer a onda, posicionar a rabeta da prancha para o lado que a onda está correndo, voltar a pressionar a rabeta da prancha para terminar o giro.
Com o passar do tempo foram-se desenvolvendo variações de execussão do 360. Primeiro foi o 360 de batida, que é a batida normal, porém com a volta pelo lado inverso. Depois foi o floater 360º, onde o giro é executado na descida do floater. Outra variação foi o reverse 360º, ou simplismente reverse, que é o giro de 360º para o lado contrário. No 360 convencional, o giro é feito sempre com a prancha girando em direção ao pico da onda, enquanto no reverse o giro é feito na direção do rabo da onda. Os reverses foram misturados aos snap's e slash's, criando o snap 360º e o slash 360º
Outra aplicação dos giros de 360º é feita na combinação com os aéreos. Tanto o 360 normal, quanto o 360 reverse podem ser combinados com manobras aéreas.

GRAB RAIL
O grab rail não é uma manobra e sim um movimento, que é quando o surfista segura a borda da prancha com a mão. Quando o o surfista segura com as duas mãos, chamamos de double grab. Este movimento pode ser incorporado praticamente em todas as manobras e movimentos. Desde o drop, a cavada, batida, floater, cut-back, rasgada e tubo, até os aéreos e 360º's.
Do inglês: Grab rail - to grab (agarrar, segurar,pegar com a mão); rail (borda, corrimão, trilho) - segurar na borda. Double grab - double (dupla) - pegada dupla.

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