domingo, 12 de fevereiro de 2012

Surf Jamaica - Brasileiros na área



“Jamaica? Mas lá dá onda?” O free surfer brasileiro Fernando Fanta não tinha resposta. “Nunca ouvi falar de surf por lá”, insistiam os amigos. Ótimo, esta era a ideia: ir para um lugar onde quase ninguém soubesse do potencial das ondas e garimpar a verdadeira cena surf local. Junto com os também surfistas Igor Morais e Yuri Castro, Fernando embarcou sem saber exatamente o que encontraria.
“A vibe no mar é muito boa. No Havaí, por exemplo, tem um localismo pesado. Aqui eles têm prazer de surfar com você. E não existe crowd”
Descobriu rapidamente, por exemplo, que a ilha pode ser dividida em duas partes: no norte ficam as praias paradisíacas e os resorts, e o mar é totalmente flat. As ondulações não chegam até ali porque são bloqueadas por uma proteção natural formada pela ilha que abriga Haiti e República Dominicana e por Cuba. Para os surfistas, a diversão está do outro lado, ao sul, perto da capital, Kingston. “Por ser de pedra, o fundo do mar daqui é o melhor pra formação de ondas”, explica Igor. Lighthouse, Makka e Copacabana – sim, lá também tem uma – são alguns dos picos mais conhecidos. Tudo bem que as ondas dificilmente chegam a 10 pés (uma das razões para a ilha não receber muitos surfistas de fora), mas pelo menos entram durante o ano inteiro.
O que a cena de surf jamaicana guarda de melhor, entretanto, é raro de encontrar pelo mundo. “A vibe no mar é muito boa. Não tem essa de ficar disputando onda. No Havaí, por exemplo, tem um localismo pesado. Aqui eles têm prazer de surfar com você, em te assistir. E não existe crowd”, resume Yuri. Assim, depois de duas semanas, Fernando pôde responder da pergunta que tanto lhe fizeram. Sim, na Jamaica há onda. E algo mais.

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