quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Andy Irons, surfista maior que a onda, sai de cena e deixa legado gigante



Ao rejeitar o papel de súdito de Slater, havaiano desafiou o mito, encantou o planeta com seus aéreos e conquistou um tricampeonato mundial histórico


Andy Irons não cabia na onda. Tanto que rasgava uma atrás da outra em aéreos que viraram referência mundial. Não cabia também dentro dele mesmo - a cada conquista orgulhava-se de mergulhar em festas e bebidas. Muito menos cabia no papel de coadjuvante relegado aos súditos de Kelly Slater. Encarou o mito sem medo e foi o único a incomodá-lo de fato. Gigante, perdeu sua batalha final de forma surpreendente e acima de tudo irônica, vítima de uma doença transmitida por um frágil mosquito. Aos 32 anos, o havaiano sai de cena, mas deixa um legado histórico.

Nascido em Kauai, no Havaí, no dia 24 de julho de 1978, Irons não conseguiu voltar para casa neste início de novembro de 2010. De Portugal, onde disputou uma etapa do Circuito Mundial, voou para Porto Rico, mas já não estava se sentindo bem. Incapaz de disputar suas baterias, decidiu se recolher no Havaí. No meio do caminho, a escala em Dallas. Hospedado num hotel, com dengue hemorrágica, foi encontrado morto por um funcionário pouco depois das 10h de terça-feira.
Clique e confira a galeria com as imagens da carreira de Andy Irons no Circuito Mundial.

O drama de Andy ganha contornos ainda mais tristes pelo estado da sua esposa, Lyndie. A modelo californiana está grávida de oito meses, esperando para dezembro o filho do casal. Os dois se conheceram em 2003, quando o surfista estava no auge, prestes a conquistar o segundo dos seus três títulos mundiais consecutivos. Mas a relação com as pranchas começou bem antes disso.

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